Vejo cavalgando em minha direção
Os seios que alimentam as minhas ilusões
Que já alimentaram inteiras gerações
E que dilaceraram o meu pobre coração.
Vejo autorgando em meu peito, A batida de uma vida, o pulsar de um pulmão
Que distroi as minhas poucas doutrinas ...Quando me consome em tuas mãos.
Vejo não sei bem ao certo onde,
Onde o medo estiver mais distante
Percebo o teu jeito de menina
Que sozinha me alucina.
Vejo teus olhos se dividirem vazios
O teu corpo me dá arrepios
Escuto ao longe assobios
Sinto em teus olhos os teus calafrios.
Vejo o teu corpo suado...Fervivendo em meus braços cansados
Com o teu gozo quase estilhaçado
Pela minha melancolia.
Vejo o teu gemido em conflito
Com o meu membro entortecido
Pelo afeto inibido
Que estar em euforia.
Vejo o meu cardápio bem servido
Que consome os meus gritos até partir
Num prazer veraz quase infinito
Simplesmente por ver-te sorrir.

salvador

Fábio Avanzi
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