QUASE ALÉM DA CONCIÊNCIA.

Não quero estar preso ao invisível afeto
Que destroi o meu corpo em dias difíceis.
Não quero ser obrigado a lutar por ideais
Que são inúteis para a minha própria vida.
Ser feliz depende de cada opção concluída
É como adrenalina injetada ao corpo bruto
Que se espalha causando muitas alucinações
Em minha mente cada vez mais madura.
Sumir em meio ao céu azul e claro
É claro que não posso me tornar estranho
Ao sentido que a vida me oferece e retém
A frágil presença de tuas próprias especulações.
Mas especular só é uma medida de bom senso
Ao sentir que meus compromissos se isolam
Isolarei também a minha capacidade de pensar
Quando meus próprios conselhos me atrapalham.
Mas o meu segredo será espalhado ao vento
E como estando no mar contarei a profundidade
E submerso estarei confuso ao meu ego
Separando-me do mundo que me completa, ou não. . .
Quero ser o desejo independente de ti
Quero ser o medo que se esconde em você
Quero ser a loucura em tuas alucinações
Quero ser o afeto de tuas loucas emoções.
Ser louco, capaz de me desprezar
Capaz de perdoar os mais infames pecados
Isolar minha iminência cega e justa
Justamente quando estou sendo esquecido
Ao léu, a própria exaustão conclusiva
Então, concluo que estou me exaltando.
Ao passo que me considero um boçal,
Iludindo na incerteza de uma vida à afagar.

Fábio Avanzi
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