Me jogo do monte,
bebo dessa fonte
que cura com a dor.
Só quero um cais,
um porto seguro,
um simples amor.
Me torturo no espinho,
me jogo,me atiro,
me arranho por dentro.
Me aprisiono na dor
e nas mãos dessa dor
viro um alimento.
Me pega, me usa,
me sangra, me fere,
me morde e mastiga,
não engole e prefira
que eu morra de dor.
Derramo as minhas lágrimas,
derramo o meu sangue,
firo o meu corpo,
maltrato a ferida,
entrego a minha vida...
e morro de amor.
Gregory Barros
© Todos os direitos reservados
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