Ao Piano

No meu piano imaginário
soam tonalidades breves
de um Beethovan  Mozart
ou talvez Bach

A sala envolve-se no som
no dedilhar das teclas
envolvidas num sonho
na sonoridade envolvente

Meu ego é transportado
pelas planícies de um Dó
sustenido ou não e sereno
no subliminar desconhecido

A fantasia dança algures
nas cordas de um violino
no acompanhamento celestial
no embrenhar da floresta dos sons

Sinto-me sonhadoramente leve
por planícies encobertas
na plenitude de cordas sonantes
do violino ou do piano.

Pedro Valdoy
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