Subi serra desci mato,
Me arvorei desbravador.
Olha só o  que  me resta,
Muitas mágoas e tanta dor.

Embrenhei-me nesse caso,
Até de  dor não agüentar.
Vinha pedra comia pedra,
Vinha água fazia um mar.

Hoje  sou desbravador,
Que tem o que contar.
A vida me deu história,
Mas não alguém para amar.
                                
Sigo firme a desbravar,
O  que a vida tem pra me dar.
Sei que ali mais lá na frente,
Uma pedra vou encontrar.

Movo a pedra encontro ouro,
Que serve pra tudo  comprar.
O que meu corpo bem precisa,
Mas pra alma não vai comprar.

Amor,  carinho,  atenção!...
Isso jamais se vai  comprar.

Denise Figueiredo
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