Manequim da Depressão

 

 
Enquanto a vida sangra pela morte
As Américas gritam de fome
E no resto do mundo
CAOS!
 
Um milhão de cicatrizes
Outras menos doloridas
Às vezes o sol não brilha
Apenas queima a pele e reflete sofrimento
 
Outrora o dia quis raiar sobre o futuro
Agora, nem sabe mais para onde ir...
 
A vida passageira
E as imagens flutuantes a circular na mente
E nos espaços infinitos
Nos jardins de flores cantantes
Habitam esses malucos pensadores de ações frustradas
 
Nos jardins do poder
Nós morremos
Como as suas plantas fazem
E como seus diamantes
Roubam-nos o brilho
Até secarmos e morrermos
 
O primeiro que teme
O outro que fede
Mais algum que não pisca fluorescente
Um trilhão de torturas
E novas vozes desapercebidas falando e falando...
 
Nesse mundo podre
O que me regurgita na mente
São essas palavras
Que de nada valem
Alem de fazer de mim
Esse manequim da depressão
 
CA-K:
31/05/2008
 

Todas as suas tristezas morrem plantadas nos jardins deles...

(...)