São Mães
Devany A. Silva

Magros rostos sofridos,
crianças pendendo nos braços,
os seios disformes, caídos,
pioram seus corpos, seus traços.

Cadê a vaidade
que fingem não ter?
Já esqueceram da idade
que parece não haver no sofrer?

Em fila indiana
suas proles vêm vindo,
às mãos que os chamam,
chorando e seguindo.

Nem penso e critico
quando pedem alguns pães.
O Silêncio me cala:
Respeite, são mães.

São Paulo/Capital.

poeta Devany
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