O Império Romano em grandes guerras,
Ódios, lutas, campanhas sem parar;
Então se descobriu naquelas terrras
Porque era tão difícil recrutar:
Quem trocaria nem que por instante,
Pela guerra, o amor da namorada?
Ou a terna presença da amante
Pela incerteza duma luta armada?
Cláudius Segundo então o que decide?
- Em raiva incontida que lhe assoma,
Obrigar mesmo os homens ir à lide,
Proibindo os casamentos lá por Roma.
E tudo ... casamentos e noivados,
Por consequência, eram proibidos.
Homens, em exército, alistados!
Que se queria homens aguerridos!
Contrariando essa decisão,
O bispo de Terni, o Valentim,
Continuava unindo o coração,
Dos amantes, casando-os. Por fim,
Foi descoberto pelo Imperador
Esse gesto que tanto o revoltava:
Então, na mesma raiva, num furor,
O tal "de Valentim" decapitava.
Pelo Papa depois santificado
Ficou "São Valentim", de triste sorte.
Dia com namorados conotado
Inda do santo o é, esse da morte.
Por isso apaixonados, vejam bem
Vosso patrono tem muito valor.
Como valor terá, que sempre tem,
Quem se deixe morrer pelo amor.
Joaquim Sustelo
Odivelas
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