-PASSA LÁ EM CASA,
SENTA UM POUQUINHO,
SOLTA AS AMARRAS DO SEU CORAÇÃO!
VEJO EM SEUS OLHOS
TANTA SAUDADE
DE DEVANEIOS QUE NÃO VOLTARÃO.
-DO QUE ME VALE UMA SANGRIA,
SE MINHA ALMA NÃO REVIVERÁ
AS EMOÇÕES E FANTASIAS,
QUE ME RASGAVAM DE RIR E CHORAR.
NADA DE NOVO SURGIU NO FRONT,
LOGO, MAIS NADA TENHO A CONTAR.
MAS O DEVER DE VÊ-LO URGIA,
MESMO APRESSADO, EU VOU ATÉ LÁ.
-Ó NÓS AQUI, MAS QUEM DIRIA?
-PENA, SOAR MELANCOLIA!
-LEMBRA, O FUROR DA MENININHA?
-POUCO DUROU NOSSA VIDINHA.
-VOCÊ REINOU NAS CANTORIAS.
-QUIS FUSTIGAR A FIDALGUIA.
-CORRIA BEM NAS PELADINHAS.
-NINGUÉM ME VIU COMO DEVIA.
-MEU COMPANHEIRO, NÃO FAÇA
TAMANHA TRAPAÇA COM SEU CRIADOR!
MORA NA TUA CARCAÇA
A FORÇA QUE TRAÇA O FIM DESSA DOR.
-MEU COMPANHEIRO, CAREÇO
PROVAR O APREÇO DO SEU SALVADOR!
MAS, SE ME CUSTA ALGUM PREÇO,
EU SENTO E PADEÇO DE TAL DISSABOR.
Abel Puro, em 2003.
Cantou pra mim...
"Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas. Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança. Por favor, telefone. Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente."(Paulinho da Viola)Na foto, Marly.
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