Há um odor a pão no tempo breve
na caleira do tempo na escuridão
da macieza do estilo popular
em campos regadios de luar
Que fecunda a raiz da madrugada:
do calor de sabor alentejano
por trigais doridos em escarpas
na plenitude do trabalho
Inflama a luz como fornalha acesa
dos tempos tresmalhados
na secura de terrenos prenhes
de homens na sonolência
No corpo da manhã o pão crescendo
de terras ingratas nas planícies
de suor e pesadelos conhecidos
na imensidão das culturas amarelecidas
pelo vento suão no amanhecer de um povo.
Pedro Valdoy
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