Querida...
Assim fui chamada
Por alguém
Que não é a minha mãe
Para quem sempre
As pessoas são queridas
O mundo é querido
A vida é querida...
Era outra mãe também!
Será privilégio de mãe
O querer bem?
Será que para ser doce e amável
É preciso ser mãe?
E os órfãos?
Será um menino de rua
Querido por sua mãe?
Querido por outras mães?
Se sentir querido
Faz tão bem!
E os órfãos?
E os meninos de rua?
Serão “queridos” para quem?
Serão olhados com carinho por quem?
Quem será com eles, doce e amável?
Hoje percebi a importância de um “querida”,
De se sentir querida...
Enche o peito,
Cura ferida!
Vou tomar cuidado comigo
Agora que percebo
Que palavras mudam vida...

Volta Redonda, novembro de 2004