Tudo aconteceu pela fria noite
  O inverno me atacava com fúria
  Batia no peito, feito açoite
  E me deitei, aliviando a penúria.

  Fechei meus olhos, apaguei a alma
  E repentina sensação fez me te ver
  Entrastes sorrateira, perdi a calma,
  E parado, penso no que pode haver

  Sorrindo, em curtos passos
  Seguistes em minha direção,
  Enlaçaste- te em meus braços,
  Numa ênfase de emoção.

  Desnuda estava a pele tua,
  Implorando de mim, alvo desejo
  Banhada a tez pela luz da lua,
  Mataste-me a sede em teu beijo.

  Teu corpo tremia de gratidão escrita
  Por tirar de ti o frio deste inverno
  Acalorando a vontade que te agita,
  Levei te ao paraiso, tirando te do inferno.

 Ah... esta noite que tive contigo,
 Acordei, então, banhado em prantos,
 Pois sou apenas um teu pobre amigo,
 Quando queria ser de teus encantos

Despertei então, que pena, não era verdade
Senti-me desprotegido, um tanto medonho
Quem me dera, ter-te na realidade...
Pena... tudo não passou de um sonho...

 
 

  

  


 

Carla( nome fictício) que me incomoda com seu jeito de mulher...
Ficarás na minha memória poética.

São José dos Campos, 09/03/2008, 09:25

Norberto Eugênio
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