O Mundo aos Meus Olhos

Oh mundo sedento de razão,
És racional demais para entender nossa dor,
És governante dos dias que não voltam jamais,
Das vidas que partem para sempre na eternidade,
Dos sinais do tempo que tomam nossa face.

Oh mundo de dias que são minutos,
Que não perde um segundo com nossas lágrimas,
Se estas lágrimas são só uma ínfima gota,
No imenso oceano da existência humana.

Oh mundo frio de seis bilhões de almas,
Não contemplamos a calma,
Pois de te não emana,
Sentimentos profundos de amor e cuidado,
Pelas vidas que são a cada dia desperdiçadas,
Deixando-nos vagar no oceano da saudade.

Rodrigo Cézar Limeira
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