No caminho da vida
pela estrada
que por vezes emaranhada
percorria, andando, arrastando
ou correndo...
pensava que via...
E havia sempre mais o que ver!
E na atrofia do julgar
relatava minhas crenças
os formatos, as doenças
os padrões e as caixas vazias
e no oco do conteúdo
de qualquer julgamento
deixava de amar...
Vazando no vento
o real sentimento
ficando a distancia,
do que pensamos ver
e como sentimos...
e por não suprir
o sentimento se desfaz
feito rio
leva de mim o que um dia
julguei ser importante
e o que me importa
em julgar uma vida "torta"?
Se toda porta
esta sempre entreaberta?
A minha e a do outro.
Se a coberta que nos cobre,
tenta esconder o que somos
tampando a cabeça
e deixando os pés descobertos...
Eu aprendi...
que muito tenho que aprender
que nada sei,
de fato tudo tenho que rever!
E de tudo
de fato
eu não sei nada!
Por isso eu julgo!
E quando feito juiz
pronuncio sentença,
É NA VERDADE O UNIVERSO DO MEU EU QUE FICA PRESO!
E A POESIA PERDE O SENTIDO DE SER!
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