Amor

Quando parecia que o sonho tinha sido ceifado pelo destino,
parecia ser imperdoável a minha ausência contante,
o desconhecido sentimento que me atingiu fez-me abrir um sorriso,
e abrir as mãos para deixar voar meu amor naquele instante.
Me fiz em pedaços por dentro quando sorri dizendo pra você ir,
sabia no fundo a intensidade da dor que viria quando visse você partir,
mas sabia que os ventos fortes desse começo de inverno iriam te guiar,
te guiar pra onde você quer chegar.

Vi em seus olhos as lágrimas que o medo fez escorrer,
fizeram você exitar quando nosso sonho estava prestes à morrer,
no leito frio em que os braços da lembrança não podia acalentar,
me entreguei às suas palavras esperando as lágrimas que iria derramar,
e o próprio destino por compaixão fez-te ser minha novamente.
Não havia mais caminho; não havia mais aonde me esconder,
não tinha mais seus braços para me aquecer,
éramos só eu e o frio da incerteza esperando para morrer,
mas tudo mudou quando ouvi você dizer, e senti você me amar,
recobrando a memória de um sentimento que nunca há de acabar,
eu vou estar com você, eternamente.

Tudo o que se fez verdade no momento em que vi você sorrir,
está aqui até o exato instante do agora; está em mim,
e estará ofuscando os cegos olhos do meu coração até o fim,
até quando enfim, ele parar de bater,
não que isso faça esse divino sentimento morrer,
pois em forma de um desconhecido inacreditável ainda vou olhar por tí.

Guilherme Pedroso Oshiro
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