Existência(s)
 
O sol brilhando
Sua mente defecando
Espantos desesperados
Sua língua oscila bobagens ao vento
Na chuva, ou em qualquer clima
Tudo é tédio!
Tédio é tudo!
Enquanto alguém sofre, você sorri,
Enquanto você sofre, alguém sorri,
E daí? Você se importa?
Quem se importa?
Se você quiser sua boca torta
Desejará gozar numa banheira ortodoxa morta
Terá que mentir para si mesmo
Enquanto respira contradição
Engolirá suavemente sua comida fria e grudenta
Que não suporta mais digerir
Abundancia de desgraça solitária
Tudo isso, na imensidão da multidão é nada
Eles não lhe querem falando
Parece ter mais serventia cagando
Eu (não) sou um idiota
E você, o que será quando tiver sua existência tão (des) importante estuprada?
Desenham sorrisos plásticos nos rostos enigmáticos
Pintam corações iludidos, esses vendidos como brinquedos amorosos
Se comê-los, verá que são tão gostosos
Quanto sentir o gosto do seu próprio coração
Que por estar cansado de tudo
Fede como todos os seres, oriundo mundo vagabundo
Voar seria sua solução tão implacável
Que nem a si parece solucionável
Contudo, nessa (in) existência vazia e calada
O que se pode fazer senão só flutuar?
E compartilhar do seu vazio com algum lunático febril
 
(...)
No fim (nunca) disse nada...
Mas o que falar, se a vida é vazia
E a fatia é fina e seca?
 
(merda!)

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CarbonKid87
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