Falta o ar em meus pulmões
O suor me escorre pelo corpo
Minha garganta resseca
De tanto susurrar teu nome
Nos sussuros
A expectativa de poder soltar um grito
A voz sumiu
Ficou o peito ferido
Já sem forças para reagir
O que resta são paredes escuras
Num quarto abafado
Igualmente sem luz
O que resta são lembranças
De fatos que se desenrolaram neste mesmo quarto
Os lençóis ?
Os mesmos
Testemunhas silenciosas de tantas juras
De carícias tantas
Já não sou eu
É um espectro
Uma caricatura
De um homem outrora confiante e apaixonado
Agora esperando o fim.
São Gabriel, 2005.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença