Se me guardo, navego
Se navego,não quero,
Se me entrego, não volto.
Se eu fico,libero...
Porque quero me solto
Me soltando, espero...
Porque temo me prendo...
Me prendendo me rendo
Me fendo como a fruta
Que racha com a disputa
Que um pássaro perscruta
Saboreia,vence a luta
E me agarro ao meu talo
E me olho no espelho
E me calo... e me odeio
Me desprezo e anseio
E me odeio e me odeio.
Me penitencio sem rodeio.
Eu receio o seu espaço
Eu desejo seu regaço,
Despencar da canção
Dependurar na paixão,
Ficar só de cansaço
Errar e errar o passo
E ser comida no chão...
Sem amor,sem sofreguidão
Me fendo como a fruta
Que ferida,cansa da luta
Que um pássaro desfruta
Rouba o néctar,sem reluta
Mas te sonho e te tramo
E sonhando te reclamo
E te amo e te amo...
E me engano e me engano...
- Lou Poulit/Carmen Lúcia
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