Ficou o fascínio
Sentado em minhas mãos.
Ainda penso no doce suave cheiro do teu corpo,
Mas só precinto, não te sinto aqui,
tanto, tanto eu queria.

A tua alegria veio até aqui, e chorou,
Tanto é que sei, por tua alegria agora sempre igual,
Agora é sempre a mesma, desprovida de ânimo.

A tua alegria não é falsa,
São espasmos de sorrisos e vigores,
Rápido, como a minha lembrança em ti,
Rápido, como a adaga da morte,
Sem norte, sem rumo, sem teto.

A tua alegria, apenas não é,
E não mais será a mesma,
A de antes, que resplandecia em harmonia
Com o crepúsculo dos teus sóis,
Que cantarolava num sorriso trêmulo,

A verdadeira exterminei, e o teu sorriso versificado,
Se perdeu de mim e de ti,
Tanto que não mais lembramos
Da força que suspendia-nos enamorados,
Entrelaçados, soluçando de tanto amor.

A tua alegria ficou sem ti...
Hoje, é como o mar sem as ondas,
Sonolento e cabisbaixo;
É como as rochas sem o rechiar do rio;
Hoje, é como tulipas desbotadas na beira do brejo,
Sem viço, não brilha, nem reclama...
Não mais dança com o vento que vem do sul.

A tua alegria, é tão forte quanto uma oração
Sem fé;
Tão intenso quanto uma reza automática,
De um beato cansado de morrer...
A tua alegria, é tão verdadeira quanto o meu
Hoje sorriso de bom dia.

Curitiba