Os poetas e os seus dilemas

Na expectativa do verso perfeito
Ante ao poeta, o completo direito
O incontestável traço de seu gracejo
E Marca-te a presença de seu desejo.

O poema, tem lá... o seu tempero
E o poeta temperamental
Derrama, suas pitadas de sal
À ferver junto ao verso do desepero.

A poesia experimental e sua química
Gesticulam os gestos das palavras mímicas
Nasce a ciência de seu eterno estudo
É rogada à segurança que foge ao seu escudo.

E ao pobre poeta que é mudo
Apenas, tudo o que lhe resta
É a sua idéia que se manifesta
Que curte, com a compreensão do mundo.

E rindo então enfadonho
Poeta acha que o mundo é medonho
Se estressa pela inspiração ausente.

E rindo de alegria, um poeta tristonho
Sabe felizmente que na poesia estão seus sonhos
E no coração estão as palavras mais quentes.