Viajando dentro de mim mesmo
Fecho os olhos ao me deitar
E imaginando, me vejo.
Flutuo entretido e versejo
sílabas que se alinham no ar.
Escrevendo, Eu, o poeta
reflito o que significa
a verdade por tráz do que fica
marcado na palavra inquieta
Soa o som da minha
própria voz no infinito
do espaço em que emito
O sentimento que eu sentia
Eu queria engordar o conteúdo
Sem encher linguiça na mensagem
Porque o sentimento estava de passagem
e com pressa de logo sair, sobretudo.
Vejo-me perdido no mundo
Cheio de sentimentos guardados
De muitos amores ressecados
pela passagem dos segundos.
Revivo a sensação da nostalgia
A alegria está apodrecendo
E eu estou agora vendo
Que um fruto podre, a tudo contagia.
Sou passado definido
sou muitos presentes
e o futuro crescente
me espera entretido
Na posição de que pode me ter
E eu espero chegar uma hora
No momento em que a aurora
Resplandeça no amanhecer
E o sol de uma nova manhã
mal sabe o que o espera
A dinastia da minha era
Se prepara para ser sua irmã
Vou mostrar meu fruto
E vou cobrar minha felicidade
Deixarei de ser eu, homem puto
E de escrever sobre minha personalidade
Reflito, penso, me vejo, e me preparo pra oferecer tudo que eu tenho pra oferecer;
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