Pinguinho de Chuva

As nuvens densas pesam no ar
Prontas para soltar, sobre nós
Toda a chuva a aguardar
É quando caio, sentindo o vento passar
Em minha face se encontrar
Enquanto vou de encontro ao chão
Quisera eu cair em uma flor
Para diminuir minha irremediável dor
Poder sentir em suas pétalas
A suavidade e o sabor
De seu doce pólen, seu cheiro de amor
De encontro fui à rosa, temendo seus espinhos
Pousei-me em seu cume, descendo devagarinho
Passeei por todo o seu ser
Descendo do caule ao chão
Como pinguinho de chuva
Que vem regar meu coração.

Fabrízio Stella
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