Vamos entrar no trem
E viajar sem nos preocuparmos
com o fim da noite.
Vamos sentir o vento
soprar leve os cabelos
sentados abraçados à beira mar.
Vamos correr pelo mato
pé no chão,
corpo nu.
Vamos observar a lua
Tomando um trago
de bebida barata.
Vamos gritar
bem alto
e provocar eco na madrugada.
Vamos rir da dor.
Cantar desafinado.
Dançar de rosto colado.
E quando as asas da noite se fecharem
e o sol trouxer a rotina,
vamos desejar um mundo
que ele amanheça com paz e amor.
(Waleska Zibetti)
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