Então eu
Ofereço-lhe o cintilar do sino que corta suas raízes doentias

Através do crepúsculo que surgira pelo declínio do acaso
Aquele tumor crescera ainda durante o estágio pueril
Tempos em que, não o obstante, moldaste vosso passado,
Que em ferida e sangue... em ferida e sangue nos tangiu

Mas não criei o lago em que se afogaste
Também não expulsei vossos homens do Paraíso
Meu nome é Nada e à mim nada resta,
Senão leito e castigo, leito e castigo,
Eu vos confesso
Então eu

Relembro o sol que, inutilmente brilhara sobre vossas faces
Conduzindo-vos ao mais belo apodrecimento dos sorrisos
O horizonte, que encontrava-se tão vago ao seu dispor,
Corria feito louco, fugindo do que persistia corroê-lo

Braços cruzados em X ansiavam por um novo despertar
Cabisbaixo e em pálida solidão,
Um mensageiro aguardando por mim, seu desfecho fatal
Que, atado em um negro véu, assistia tudo compaixosamente

Era o abismo do caos, em prol do sofrimento da alma
Que separava sua mente de suas palavras torpes e vazias
Uma ponte, no entanto, permitira-lhe tal passagem
Entre o vazio e o doentil, a mais suja sublimação

Uma rosa sem cor amassada em meio a um caminho trilhado
Deleitava-se em meio ao nada, entorpecendo a cena
Imagens de mãos torcidas em sangue surgira-lhe em direção
Como um espectro, sua própria imagem refletida dizia-lhe incansavelmente

"Não inventei a morte. Não fui eu quem inventou a morte."
E em doces toques de culpa e ressentimento,
Partira para sempre, juntamente com imensa loucura
Sua carne e sangue, que acostumara-lhe apelidar de espírito

Então eu
Ofereço-lhe o cintilar do sino que corta suas raízes doentias
Aprecie o doce brinde da partida, amado mensageiro
Doravante, elogio tamanha loucura que pude constatar
Mas confesso-lhe fracamente que também não maldiz vosso vazio

Por conforto, por solenidade
Por conforto, por solenidade

morte, loucura, doença, sangue