Quando eu era pequenino, não sabia
Dos mistérios da vida e do mundo,
Mil perguntas inocentes eu fazia
E, a fazer suposições, eu ia a fundo!
Mas, meus pais não sabiam responder,
Porque não tinham tal conhecimento
E, sozinho, eu tentava compreender
E explicar, segundo o meu entendimento.
Por exemplo: o que mais me intrigava
Era o estrondo que fazia o trovão;
O relâmpago, enfim, por que brilhava,
E a chuva, como acontecia, então?
Foi, aí, que eu comecei a imaginar
Suposições pra tudo isso que existia,
Muito sério eu começava a detalhar
E com as próprias palavras eu dizia:
- Toda a luz que o relâmpago provocava
Era São Pedro que ia buscar água no mar,
Tropeçava nas pedras que se chocavam
E as faíscas faziam o mundo clarear!
- O trovão era o som de um tambor
Que São Pedro usava pra ir buscar
aQUELA água que ele não tomou
E que, rolando, fazia tudo estrondar!
- E, depois, quando em cima ele chegava,
Já cansado de fazer toda essa curva,
Ele pegava toda a água e despejava
Sobre nós, para termos, assim, a chuva!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 17 de julho de 2006
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença