Neste mundo em que impera a ilusão,
Não encontro um motivo que me faça
Entender a logística da razão,
Que sofisma enquanto o tempo passa.

Não me tolho a um tempo imperativo,
Porque prezo pelo meu temperamento.
Se me dobro quero ter um bom motivo,
Pois, não sou um refém do meu intento!

Na valência da minha compreensão
Só existe um lugar não preenchido,
Mas, não tive pelo fato a intenção,

Quero tê-lo vazio a ser impelido
Pela chama vulgar da emoção
De enchê-lo de vento, e ter zumbidos!

Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 12 de julho de 2006