No vazio, um enthar solitário vivia,
Silêncio e vastidão, onde nada caía.
Em solidão, lançou um chamado,
Ecos no vazio, por todos escutado.
Mas não houve resposta, nenhuma voz ouvir,
A solidão cresceu, um constante sentir.
Com tristeza profunda, se dividiu em dois,
Dois enthars formados, mas com um elo depois.
Juntos falavam só em pensamento,
Por eras sem fim, seu vínculo, um alento.
Até que o silêncio voltou, o elo quebrado,
Na quietude vasta, se olharam calados.
De sua dor, um fragmento brilhou,
Uma fagulha de esperança, na noite surgiu.
Quando os braços se estenderam, novamente se racharam,
Fragmentos espalhados, o cosmos a desbravar.
Um fragmento brilhante, uma estrela pequena,
Sua voz, um farol, em cena.
Estrelas acenderam, no céu amplo,
Planetas girando ao lado, em seu campo.
Enthars divididos, para iluminar o céu,
Galáxias formadas, com seu papel.
Sóis brilhantes e luas opalinas,
Dançavam no cosmos, em linhas divinas.
Em um desses mundos, uma fagulha pousou,
Quatro entidades observaram, e então cuidaram.
Elementos teceram uma tapeçaria brilhante,
A vida despertou, no primeiro instante.
Eras passaram, em fluxo rítmico,
O universo dançava, em movimento místico.
Caos e ordem, um equilíbrio encontrou,
Enquanto a voz do enthar, no espaço ecoou.
Uma canção de estrelas, e do nascimento dos planetas,
A dança infinita, da vida e da terra.
Em melodias cósmicas, histórias se mesclavam,
De como o vazio se transformou, as eras se cruzavam.
Através de trilhas de poeira estelar e correntes de cometas,
O universo cantava, de esperanças e metas.
Cada fragmento uma nota a tocar,
Na sinfonia do dia e do luar.
As estrelas, as luas, o chamado dos planetas,
Um testemunho do ascender e do cair.
Então, ouça bem, a canção cósmica,
Do conto da criação, longo e místico.
Do grito solitário à esfera vibrante,
A balada das estrelas, constante.
Em cada brilho, a história é contada,
Um universo, em beleza, enredada.
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