Em Eras passadas, num mundo distante,
Evor-Een vibrava, era exuberante.
Movimentos suaves, discordância sutil,
Alimentavam Dronstar, vigor viril.
Brilhos dos elementos, em dança encantada,
Criavam uma força, na era encantada.
Claridades celestes, brilhos reluzentes,
Dois fragmentos imensos, tão cintilantes.
Um girava estático, oposto ao outro,
Banindo a escuridão, sem deixar engano.
Mas uma faixa escura, sem luz, sem cor,
Permanecia oculta, um mistério de pavor.
Dronstar, observador, na escuridão penetra,
Colhe vibrações, faz brotar a quimera.
Um ovo estranho, em suas mãos surgido,
Emana luz, mesmo no escuro contido.
Deposita-o em Evor, raízes o abraçam,
E uma quietude se instala, como um clamor que acalma.
Após eras de espera, duas flores despertam,
Dois frutos nascem, destinos se alargam.
Um negro, outro claro, opostos em cor,
E da escuridão, surge um ser, temor.
Dusternis, sombrio, olhos vermelhos brilhantes,
Entre luz e trevas, dança em instantes.
No meio do caos, uma voz ecoa suave,
Chamando por libertação, de forma grave.
O fruto claro brilha, a canção envolvente,
Dronstar o segura, firme e obediente.
Mas Yungul, serpente ardente, o deseja libertar,
Numa luta feroz, a escuridão faz vibrar.
Ghayazeo e Adnosterus, despertam do sono,
Encontram a luz, no meio do abandono.
Domin e Dawsyd, ordem e luz,
Juntos restauram o que estava em cruz.
As luas refletem, a sombra se dissipa,
Num ciclo eterno, a luz se irradia.
No compasso do tempo, o mundo gira,
Ciclos de luz e trevas, a vida respira.
Dawsyd e Dusternis, dança sem fim,
Entre sombra e claridade, destino assim.
Num universo vasto, onde o tempo se entrelaça,
A poesia da vida, em eterna graça.
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