Assim como muitos, entreguei-me a uma ilusão
E as consequências são de sofrimento e vazio.
De que adiantou tentar? Ser quente diante do teu frio?
Receber migalhas quando dei todo o meu coração?

É que nunca me amaste, não sabes o que é o amor...
Não digo tal coisa por mera mágoa,
Realmente há em ti essa incapacidade, pantanosa água
Nos sentimentos, espinhos onde deveria haver flor.

Não sabes. É a sombra de trauma que gerou transtorno.
Não podes... É distorção da personalidade, leve psicopatia.
Não queres, pois não há calor em quem sempre foi morno...

Eu aceitei todas as desgraças por amar quem sequer me vê.
Lambi teus pés, aceitei restos com esperança e alegria,
E no fim, enxergas em mim o mal... Por quê?