O que podemos prever da vida,
Senão a morte?!
É a única coisa certa que há de acontecer.
E mesmo assim nós assustamos,
Com o fatídico dia,
Nunca estamos preparados,
E nunca preparamos quem fica,
Podemos ter ter dois anos,
Ou cento e trinta.
A morte pode até ser desejada,
Pelo que já está cansado de tudo,
Mas nunca será bem vista por aqueles,
Que temos laços,
E a frase sempre dita, "Era tão novo ainda."
Mesmo estando com seus cento e trinta.
E também não adianta oferecerem,
Bons lugares ou paraísos,
Nem dizendo,
Que morrer em virtude é ganho eterno,
Na realidade mesmo sabendo do desfeixo.
Há o medo,
Seja o ateu ou o devoto,
Ninguém quer provar do velório.
Um não acredita que há um depois,
E o outro tem medo,
De não ter feito o bem,
Que o leve ao céu de sua divindade.
Mas como fugir do inevitável?!
Será que um dia o humano conseguirá?!
Por enquanto o melhor a se fazer,
É construir lembranças,
Onde marquem nossa estadia aqui,
Então, escreva um livro,
Mesmo que sem muito sentido.
Plante uma algo que floresça,
Seja sempre gentil com os animais,
Que o rodeiam,
Crie dando atenção a uma criança.
E será lembrado ao menos,
Por uma ou duas gerações.
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