Perscruto meu coração tão flagelado pela saudade.
Saudade de quem? Saudade de quê? Pura nostalgia
Dos tempos idos! Melancolia avessa à modernidade
Que dissipa os avestruzes inocentes do dia de ontem.
Indago a mim: onde estão as reminiscências alegres
E abundantes que floresciam líricas em cada manhã?
Onde estão os pingos de chuva que sorriam do sol?
Onde estão os sorrisos que traziam os aromas florais?
Não existem mais... Pereceram sem que nas elegias
Que se escrevem se façam as homenagens póstumas,
Pois o chamado progresso a tudo enterrou no silêncio.
Hoje sobreviver é o verbo mais conjugado nos sociais,
Herdou-se um patamar de violência e de vis engodos...
Nas consciências oníricas o belo é sempre inesquecível!
DE Ivan de Oliveira Melo
Ivan de Oliveira Melo
© Todos os direitos reservados
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