A vida, caminhava apressada pela estrada, de repente viu uma senhora sentada debaixo de uma grande árvore, parou e puxou conversa:
— Bom dia! Descansando desse calor danado? A senhora respondeu:
— Não estou cansada e nem tão pouco estou com calor, estou aqui esperando um velhinho que passa por essa estrada diariamente e já está quase na hora dele passar. Curiosa, a vida perguntou:
— Ele é seu conhecido, é seu amigo ou parente? A senhora então respondeu:
— Não, embora eu o conheça muito bem, eu não tenho nenhum laço com ele, só estou esperando para fazer o meu trabalho. Sou a morte.
A vida, pensou e respondeu:
— Trago todos os seres viventes para essa Terra, já você faz o oposto, mas essa é a nossa missão, faça o seu trabalho. Nesse momento o velhinho se aproximou e repentinamente parou a uns dez metros daquela árvore, pois a mão no bolso e exclamou furioso:
— Caramba, esqueci a chave da padaria! hoje o pão vai atrasar (ele era o padeiro daquela pequena cidade), deu meia volta e voltou apressadamente por onde veio. A morte se levantou e seguiu o caminhando com a vida. A vida então perguntou, porque ela não foi atrás do velhinho e faz o seu trabalho. A morte respondeu que ela tinha o poder de tirar a vida, só não tinha o poder de mudar a história.
Nunca reclame da sua sorte, se algo lhe parece dar errado, essa pode ser a sua maior benção.

Cesar Garcez
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