Em delírios repetidos tua voz a falar de amor.

Linda moça, única moça, posta um sonho, e o que sonhar?

Inventei-me para tu, revelando a verdade, querida,

À volta de meus dedos polidos de uma dor,

Nunca vou deixar tua mão intranspassar

Amanhã, foi àquela obra aquecida.

 

Sintas o que puramente puro, serias meu quinhão.

Inteligente sois protelada, pelos dons, sobes na barca!

Litúrgica, sanutre, rebelada por meu pequeno derreão,

Vejo ti pensando pesando sobre a janela mágica,

Ai! Por que estais tão longe de minha visão?

 

Quero por que queres ser minha dona, minha mente,

Uma corredeira subida pelo teu manto,

Eis aqui o teu sorriso solícito que adorna,

Incrivelmente acabado preso e doente,

Ri de minhas balburdias, quando,

Onde me transita a tua forma,

Zoas, voas sem precedentes.