Já em sua seda proporcionando, só eu, nossas iniciativas
enrolado no véu que cobre o busto de um apaixonado,
Quando não percebo, caio em sua teia, no detalhe de suas tratativas,
Sua falta de proatividade, algo que para mim tenha sido dedicado.
Nunca foi meu o seu tempo, ampulheta de sangue, a seu modo grácil
Por não me dar por satisfeito, era na dor, o provimento meu lenitivo
Deixava se levar, em cada cravo, no que lhe era mais cômodo e fácil
Sem seu pesar, não entrei em luto, estanque, achei que estava vivo!
Se minha alma já não lhe importava, só o meu corpo estava a seu despeito
Deveria, antes de meu fim, não ter deste veneno, dia a dia, tomado
Como tive, nesta ilusão, submetido a mim tanta falta de consideração e respeito?
Como alma agora me velando, viúva,eu vejo o quanto estava de olhos cerrados!
© Todos os direitos reservados