ESCRAVO DO TEU SER!

Se eu disser que nasci pra te querer,
Tu não deves falar que é mentira,
Se mentindo eu estiver ao te dizer
Que te amo, Deus retire a minha lira!

Para que tanto lirismo eu quero ter,
Se não crês nas palavras que eu falo?
Se assim sempre for, não quero ser
Na tua vida um entulho, um retalho!

Mas, eu sei que sabes que eu sou
Tua paz, teu caminho, teu prazer,
Teu refúgio, teu carinho, teu amor.

No entanto, se tu não queres crer,
Deixe-me ser, além disso que te dou,
Simplesmente um escravo do teu ser!

Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 30 de maio de 2006