Minha caneta dourada.
Quando eu a vi nem bonita era.
Parecia tão comum, tão azul,
Só mais uma com o corpo dourado.
Mas não, ela era mágica,
Sempre escrevia o que eu pensava,
Era uma louca intuição.
Bastava eu há tira-la do estojo,
Que ela deslizava suave,
Como se patinasse no gelo fino.
Essa caneta era especial,
Ela trazia a tona historias,
De princesas guerreiras,
De lugares longínquos,
Até viagens para outros planetas.
Minha caneta dourada,
Fazia dos meus dias mais infantis,
Sempre lembrava a criança,
Que eu havia sido.
Um menino feliz
Mas agora era diferente,
Real e contundente,
Estava ali na minha frente,
Trocando seus dentes,
Brincando no chão e rindo pra mim.
E se não fosse minha caneta dourada,
Como poderia eu fazer a poesia,
Não escreveria sobre,
Minha amada filha Sophia,
Caneta dourada,
Há retorno ao estojo,
Amanhã ou depois,
Você desperta de novo.
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