Aqui, nestas linhas púrpuras,
Vou relatar o gosto, doçura,
De minha infância vivida,
Não hei de esquecê-la, nos dias...
Infância minha, ÓH, que saudade
Que o meu tal ser invade,
Andei por muitas cidades,
Brinquei, barbaridade...
Corríamos na chuva intensa,
Deslizávamos ladeiras
Em pleno barro de terra e areia,
Quanto divertir em brincadeiras...
Jogávamos bola, bolinha de gude,
E tudo, até que se ature,
Amarelinha com as meninnas
E dança de rodas, adivinha...
Na escola eu era adiantado,
Nota DEZ no estudado,
E tinha alguém que me seguia,
Uma linda loira menina...
Eu usava o seu caderno,
Lhe escrevia versos ternos
E ela, prontamente retribuía
O que à ela eu escrevia...
Volta e meia, por aí,
Encontro, aqui e ali,
Um dos maigos de infância,
Fico sabendo de suas façanhas...
Uns já são advogados,
Doutores dentistas e médicos,
Somente eu, no meu tédio
Não passo de cooperativista técnico...
E a menina, linda e loira,
De uma vez por todas
Não à mais vi, simplesmente,
Dizem-me, ela é doutora de dentes...
Aqui, na minha casa, debaixo de uma jabuticabeira, escrevi estes versos saudosos de minha infância...Região de Cascavel, interior do Paraná, Brasil...
© Todos os direitos reservados