E, quando me vejo isolado,

Assim, sem ninguém por perto,

Me preparo, com peito aberto,

E solto gritos descompassados...

 

Meus gritos se vão ao longe,

Bem distantes, no horizonte,

Ultrapassam os grandes montes

Onde o impossível se esconde...

 

E o vento produz, com nitidez,

O eco que vem de meus gritos,

Nem parece pois que acredito

 

Que os mesmos viajam com rapidez

Espaço afora, tal, no infinito,

Quem os ouve acha ser gemidos...

Josea de Paula
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