Apareceu por entre os oceanos

Numa miragem tão fenomenal

Que a sedução tornou-se, nos humanos

Encantamento forte e visceral


Filha da deusa, uma de suas ninfas

Casada com o fogo e de olhar fatal

Optou por morar entre as madressilvas

Amou seu homem no pecado original


Gingou suas curvas pelos grandes mares

Viveu no mundo mágico e celestial

Enfeitiçou, levou homens aos bares

Fez –se amante ousada e carnal


Deu sete filhos para o deus da guerra

Amou demais e o amor, lançou-o à morte

Deixou suas sementes no Planeta Terra

Não foi mulher de um único consorte


Quem quiser saber por onde ela anda

Quando estiver largado em braços da bebida

Deixa o amor entrar, pois nele, ela manda

Jamais irá passar de leve, ou despercebida


Se o desejo é a luz do sol, tão quente

Reconheça no olhar da musa e acredite

Na paixão que explode, inteira, de seu ventre

Que se trata, então, sem dúvidas, de Afrodite


Katia Gobbi

 

 

Na mitologia grega, Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade.

Ela foi considerada a personificação do ideal de beleza dos gregos na Antiguidade. E, na Idade Moderna serviu de inspiração para diversos artistas do Renascimento.

Na Grécia antiga, sobretudo nas cidades de Esparta, Atenas e Corinto, ela foi cultuada e associada aos prazeres carnais. Por isso, era também considerada a protetora das prostitutas e daí surge o termo “afrodisíaco”.

Os deuses gregos faziam parte da espiritualidade do povo os quais eram reverenciados e cultuados com ritos, festas e oferendas. Na mitologia romana, Afrodite é correspondente à deusa Vênus.

Katia Gobbi
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