As coisas se firmaram,
As coisas contornaram,
Para outra margem,
O rio não foi para o mar
O mar secou,
O real é uma miragem
E o que era miragem
Real se tornou
A vida peregrina
Como uma infante menina
Que mal do casulo brotou,
Já largou a boneca
Pensando conhecer o amor
Para onde foi o tempo?
Por aqui: ele parou,
No meio, de pleno absurdo
Estanque cego, mudo
Escutando o silêncio do ócio
O mundo acabou
Léo Nazare
10/09/19
Léo Nazare
© Todos os direitos reservados
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