O Rei Donzelo Dozão no Mundo da Dominó(ação)

Sou feito por doze pontos

Vivo num Reino de portos

Carrego meu povo na mão

Mas estou à procura

Duma moça bem pura

Prazer, eu sou Dozão

 

Então saí de minha casa

Caminhei sob a brasa

Do vulcão da entrada

Que fica em toda volta

E ao reino faz escolta

Até em fim chegar à estrada

 

Passei nas ruas e esquinas

Do forte das Quinas

Onde cinco pontas apontavam

Nessas vielas abundantes

Moram cinco elefantes

Que nunca se aproximavam

 

Saindo em direção ao continente

Num lugar diferente

Há uma montanha quebrada

Procurei também por cá

Mas sem estar por lá

Saí da terra da Quadra

 

Numa grande mansão

No meio da imensidão

De dunas vindas do ar 

Era dum homem moderno

Que só vivia de Terno

No meio do próprio mar

 

À frente num reino distante 

Pós linha no horizonte

Havia um tal Duque 

Que dizia achar tudo

Que parecesse absurdo

E me ajudou sem truque

 

Fomos à terra de Pio 

Na beira de um rio

Da ilha das ilusões

A tal dama de branco

Era um cavalo manco

Coroada por barões

 

Joguei uma porção

De cruzada em minha mão

Ela começou a brilhar 

A moça desencantei

E enfim achei

Quem estava a procurar

 

Mas a dama de branco

Que agora senta num banco

Nem sequer a mim olhou

Pois ao duque ela quis

Ser para sempre feliz

E assim tudo acabou

Tiakuru
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