Senhor,
em teus pés derramo as dores
e o livre arbítrio em tuas mãos.
São dores varadas por vãos
de pregos cravados, lacrados,
teares da reles fiação
movidos a rancores
da livre submissão,
liberdade sem permissão.
altares de vis significados,
puros cânticos de manipulação,
violação dos santos quereres,
ultraje aos justos poderes.
De um lado, a fragilidade, o ensejo.
Do outro, o insano desejo…
O caminho ladeado de flores
Incrustado de espinhos
sangrando amores.
Senhor,
Dá-me outra direção
ou a tua perfeição…
Essa minha imperfeição
me coíbe crer
que a vida vale a pena
ou que um dia vou morrer.
Por esse meu desabafo
gerado de meu coração
ajoelho-me humildemente
e te peço perdão.
Carmen Lúcia
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele