Não explico a ausência.
Deixo rastros de resiliência
em sonoro silêncio
a ecoar de mim…
Minha tristeza eu disfarço
e grito em versos ritmados
a cada linha que traço.
Não proclamo o amor.
Está explícito no que faço
e se não faço, não há.
Não aponto caminhos.
A cada um cabe o seu.
Toda escolha, um dia,
leva ao mesmo encontro.
Não exacerbo o certo
nem restrinjo o errado.
As duas medidas pesam
diferentes balanças
e a cada uma o seu conceito;
vale deixar subentendido
o que ainda pode ser feito.
Não dito regras nem as formulo.
Cada coração rege seu rumo
e à razão é dada o veredicto final.
Consequência é resultado de toda ação.
“Só sei que nada sei” e o não saber
subentende-se “vai lá”…
“Explora o que não há.”
Não apregoo a alegria,
nem descrevo o meu pranto.
Dissimulo a beleza.
da poesia dos cantos.
Minh’alma procura mostrar
ou
subentende-se em meu olhar.
Carmen Lúcia
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