E, no ventre da poesia se gera
Um poema alegre ou triste, sim,
Inseminado pelo pensar sábio
Do poeta que se expressa, tal,
E ele é o pai do poema gerado,
E a poesia é a mãe do poema...
O poema é mudo por quanto pois
Enquanto que gerado está sendo,
Mas, depois que nasce fala tudo,
Já dando seu recado de que a que
Veio fazer entre os escribas de plantão,
Revesando-se entre assunto e outro...
E, pode até ser de que se veio
Para se alegrar ou se entristecer,
Para se fazerem rostos sorriem
Ou que os mesmos chorem e,
As lágrimas choradas podem serem
De tristezas ou de alegrias sentidas...
Também se veio, o poema, em si,
Para que se traga a paz, o amor,
A confiança e a esperança, ou, que
Se chegou para que se aplique
A solidão aos corações sonâmbulos
Em saudades de quem a si se ausenta...
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