VENTRE DA POESIA...

E, no ventre da poesia se gera

Um poema alegre ou triste, sim,

Inseminado pelo pensar sábio

Do poeta que se expressa, tal,

E ele é o pai do poema gerado,

E a poesia é a mãe do poema...

 

O poema é mudo por quanto pois

Enquanto que gerado está sendo,

Mas, depois que nasce fala tudo,

Já dando seu recado de que a que

Veio fazer entre os escribas de plantão,

Revesando-se entre assunto e outro...

 

E, pode até ser de que se veio

Para se alegrar ou se entristecer,

Para se fazerem rostos sorriem

Ou que os mesmos chorem e,

As lágrimas choradas podem serem

De tristezas ou de alegrias sentidas...

 

Também se veio, o poema, em si,

Para que se traga a paz, o amor,

A confiança e a esperança, ou, que

Se chegou para que se aplique

A solidão aos corações sonâmbulos

Em saudades de quem a si se ausenta...

Josea de Paula
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