Saudade no meu peito é mato que cresce e cresce, sem ter quem o corte.
É como um desacato, é perturbante, é tão grande e forte que parece até a morte.
É como se fosse o sol não muito distante queimando, queimando e queimando a pele que vai sangrando.
Saudade no meu peito é pranto, dilacera sem dó e não espera.
É primavera sem flor, sem cor, sem nada.
Saudade no meu peito é faca; perfura, corta, machuca e mata.
Ivan Lyran
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