Finda-se a espera.
E a primavera ronda o ar.
De enorme beleza
prepara seu trunfo,
espreita seu mundo,
sonda seu lugar,
espaço onde brotar
cores, flores, amores,
essas rimas singelas
nascidas à vela
essências do amar.
Sob crivos de pureza
reverbera
tempos de delicadeza,
luzes para clarear.
De chuvas de lágrimas
orvalha-se,
crisálida ainda presa,
prepara-se,
supera tristezas,
casulos da escuridão,
une-se às rimas,
faz-se versos
de alegria e solidão.
Semiborboleta
de promessas vestida
refaz a emoção...
Retoca a poesia,
seduz o poeta
a mais uma ilusão.
Basta o sol nascer de novo,
romper-se a casca,
deixar o ovo,
cicatrizar a ferida,
e a borboleta atrevida
voa bailando jardins
na primavera dos sonhos
plantados dentro de mim.
Carmen Lúcia
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