Me fale aquelas palavras espontâneas, vibrantes,
Que você me falava do nada
Só para me ver sorrir abolhada,
Apaixonada por tuas confissões de “eu te amo!”.
Por que você não me escreve mais poesias?
Aquelas que vibravam com a minha voz
Como se fossem melodias,
Que me tiravam o ar
E deixavam o meu corpo trêmulo e eufórico.
Por que não diz espontaneamente o quanto sou linda,
O quanto quer estar ao meu lado,
O quanto deseja me ver feliz
E por mim, somente por mim ser amado?
Não precisa correr o mundo para me provar nada.
Não precisa ir buscar a lua nem cultivar flores raras.
Não precisa enfrentar ventanias, tufões ou tempestades.
Só precisa estar ao meu lado, demonstrando o que sente!
Eu não quero que se cale,
Fale agora o que você sempre esquece de dizer.
Não quero que se retenha,
Faça tudo para me deixar delirante ao ponto de efervescer.
Não desista de ser um “pouco” o que era antes,
Por receio de parecer bobo demais.
Preciso um pouco, nem que seja um pouquinho,
Do romance que existia naquele começo.
Para sentir minha vida tresloucada,
Meu coração alucinado,
Meu corpo eletrizado.
Porque o amor não é nutrido somente por sexo ou conveniência,
O amor também precisa do romance, da melodia, da poesia.
O amor é uma flor que perde seu encanto sem seu néctar.
A doçura do amor é o alimento da vida,
A doçura que revitaliza qualquer união.
Então seja a minha doçura,
Sem hesitar em existir como o meu néctar.
Cubra-me de favos de mel,
E eu seria a flor mais bela e mais feliz
Que continuará te amando apaixonadamente.
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