Meus prosaicos versos que agoniam,
Precavida busca em te querer rimar,
Malogros intentos que me alforriam,
Ofegante desejo de a vida conquistar.
Luzeiros celígenas, excitam prazeres,
Em noites de breu e eu a contemplar,
Paisagem noturna, primazia dos seres,
Festivos passeios sob o céu sem luar.
Marulho das vagas, musical ebriático,
Navega a nau com a brisa a soprar,
Verdes mares... que mundo fantástico!
Caravelas de amor, o mundo a singrar.
Flexuosidade dos arroios... que belo!
Êxtase visual da montanha a admirar,
Panorama suntuoso, que tanto anelo,
Existência ditosa, prostrado a sonhar
Ah!... quão belo é a Natureza em festa!
Que mais há de sublime para mostrar?
Sepulto no silêncio à tanta promessa,
Prenúncio de alegria... espero chegar!
Felicidade... a mais requintada ilusão!
Este mundo, nunca me vai oferendar,
Versos meus! A mais tola abstração,
Fadário de vida! Meu lúgubre penar!
Rivadávia Leite
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