CIMÉRIA NEGRIDÃO

Projetei  em minh’Alma o sentimento que tanto desejava.
Ao firmamento supliquei para que me fosse ele outorgado
Prazeres  momentâneos de emoção era o que encontrava,
Negridão ciméria, amiga inseparável  desse vil desgraçado.

Pelas avenidas do mundo,  minha estrela já estava traçada,
Caminhando a ermo em busca do supremo amor almejado;
Tudo foi um sonho! Perdido estava nessa perversa estrada,
Meu coração em dores carpia, no talante em ser consolado.

Ah, Senhor!  Como dói  a perfídia d’uma mulher desalmada!
Pago por este nefando tributo, sem nunca haver reclamado.
Odisseia desta minha vida afetiva, foi uma ledice enunciada;
Foi eu um pária de um romance mais fascinante e inusitado.


Remetente de amarguras!  Infernal deusa que é idolatrada!
Pares seus de infortúnio aclamam-na por haver conquistado,
Vítimas ingênuas  com a sua artimanha de beleza falseada.
Mulher! Somente aos céus seu piáculo pode ser perdoado! 

Rivadávia Leite

Rivadávia Leite
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