O céu, outrora límpido, agora promete tempestade...
Tal sou eu interiormente: uma convulsão de estrondos,
Um clarão de relâmpagos súbitos, iluminando hediondos
Atos e o belo... Som do enxame de trovões em sua majestade.
Meu espírito ecoa em minha mente e alguma coisa ruge
Como uma loucura inexplicável: pancada após pancada.
Meu ser é imprevisível, é turbilhão de nuvens em trovoada:
É matéria em êxtase, é alma penada, um animal que muge...
Quem se pode afirmar ou definir se não existe certeza?
Tudo é mutável, exceto, claro, a tenebrosa morte
Que carrega consigo a síndrome de todas as vidas...
Sou o vento, furacão em meio às torrentes da natureza.
Encaro a vida como uma chuva trovejante, como um esporte,
E não me apego a detalhes, ainda que pense em questões irrespondidas.
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